Encontro ocorreu no auditório do Hospital Geral do Estado, em Maceió
O Programa Nosso Chão, Nossa História promoveu, na tarde da última segunda-feira (1º,) um encontro técnico de integração com o Centro de Acolhimento Integrado, Prevenção e Posvenção ao Suícidio e Autolesão – CAIS, ligado ao Hospital Geral do Estado (HGE).
A reunião, que ocorreu no auditório do HGE, localizado no Trapiche da Barra, em Maceió, teve como objetivo conhecer as experiências, metodologias e territórios de atuação, fortalecer a integração interinstitucional e construir caminhos de colaboração contínua e fomentar o trabalho em rede.
Parceiros implementadores do Programa que desenvolvem ou desenvolveram projetos de reparação em saúde mental comunitária, referentes às duas gerações de editais já lançados, estiveram presentes. Eles puderam detalhar suas iniciativas, os desafios encontrados e os resultados alcançados.
A presidente do Comitê Gestor de Danos Extrapatrimoniais (CGDE) Dilma de Carvalho, apresentou o programa à equipe do CAIS e explicou como os projetos e as atividades do Nosso Chão, Nossa História são realizadas a partir das definições do Comitê.
“No contexto do desastre socioambiental, um dos maiores danos é o dano causado à saúde mental. Então, esse tipo de iniciativa que une e leva diálogo entre os atores é essencial para fortalecermos essa construção coletiva que é o tema da saúde mental comunitária”, argumentou Carvalho.



O gerente de projetos do Programa no UNOPS, Bernardo Bahia, agradeceu a equipe do CAIS do HGE pela abertura do diálogo e parabenizou pelo trabalho feito. “Já tivemos uma geração de projetos e outros estão em execução ou em fase final. A ideia é conhecer um pouco o trabalho do CAIS para abrirmos os olhos para pontos em comum. Para nós, é muito importante que a rede de pessoas que trabalham com saúde mental possa se conectar”, ressaltou Bahia.
A coordenadora do CAIS, Soraya Suruagy, falou sobre a importância do encontro. ”A união com certeza faz a força. O nosso objetivo maior, do começo, meio e fim, é atingir positivamente a todos. E esse tipo de iniciativa é essencial para isso”, contou.
Durante o encontro, a equipe do Programa apresentou a cartilha com diretrizes sobre saúde mental comunitária desenvolvida em parceria com o Conselho Federal de Psicologia (CFP). O documento orienta profissionais da área sobre a abordagem em contextos de pós-desastre, destacando a importância da convivência comunitária, do fortalecimento dos laços sociais e da participação social da população atingida na busca por soluções. Para acessá-la, clique aqui.
Sobre o Programa
O Nosso Chão, Nossa História é resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal de Alagoas (MPF/AL), que responsabilizou a Braskem pela reparação dos danos extrapatrimoniais decorrentes do afundamento do solo de cinco bairros de Maceió. As atividades e projetos da iniciativa são definidos pelo Comitê Gestor dos Danos Extrapatrimoniais (CGDE), grupo formado por representantes da sociedade civil e de instituições públicas, que atuam de forma voluntária.
A operacionalização das ações é realizada pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS). Está prevista a aplicação de R$ 150 milhões ao longo de quatro anos em projetos desenvolvidos por organizações da sociedade civil, voltados à reparação de danos morais coletivos.